domingo, 25 de setembro de 2011

Maria Quitéria (1792-1853) Biografia

Patriota brasileira nascida no sítio do Licorizeiro, no arraial de São José de Itapororocas, BA, que se distinguiu nas lutas pela consolidação da independência, inclusive tomando parte em várias batalhas contra os portugueses. Filha primogênita de um fazendeiro da região, Gonçalves Alves de Almeida e de Quitéria Maria de Jesus, aos dez anos ficou órfã de sua mãe e assumiu a responsabilidade de cuidar da casa e de seus dois irmãos. Embora dotada de rara inteligência permaneceu analfabeta, mas aprendeu a montar cavalos e usar armas de fogo. Deflagradas as lutas pró-independência (1822) enviou mensageiros no intuito de arranjar dinheiro e voluntários para as tropas e pediu ao pai permissão para seu alistamento. Pedido negado foi para casa de sua irmã Teresa e de seu cunhado, José Cordeiro de Medeiros e com a ajuda deles, cortou o cabelo e vestiu-se de homem e foi para Cachoeira, onde se alistou com o nome de Medeiros no Batalhão dos Voluntários do Príncipe, chamado de Batalhão dos Periquitos, por causa dos punhos e da gola verde de seu uniforme. Depois de duas semanas foi descoberta pelo seu pai que andava a sua procura, mas o major Silva e Castro não permitiu que ela fosse desligada em virtude de sua facilidade em manejar armas e por sua reconhecida disciplina militar. Tornou-se exemplo de bravura nos campos de batalha e foi promovida a cadete (1823) e condecorada no Rio de Janeiro com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul (1823) em uma audiência especial, onde recebeu a medalha das mãos do próprio imperador, D. Pedro I. Reformada com o soldo de alferes, voltou à Bahia com uma carta do Imperador ao seu pai pedindo que ela fosse perdoada pela desobediência. Perdoada pelo pai, casou-se com um namorado antigo, o lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Viúva, mudou-se para Feira de Santana, para tentar receber parte da herança do pai que havia falecido (1834). Desistindo do inventário mudou-se com a filha para Salvador, onde morreu quase cega em total anonimato, em Salvador-BA. Seu nome completo: Maria Quitéria de Jesus Medeiro.

Como viviam as mulheres naquele período ?

 Maria Quitéria neasceu em 1792 em Feira de Santana, BA. No seculo 18, portanto numa sociedade completamente machista elas viviam fazendo trabalhos domésticos, subordinadas ao marido, nao podendo votar, nem ter suas proprias opiniões.
  O casamento era obrigatório mesmo se a mulher não desse filhos ao homem, na tentativa pré-nupcial. O marido podia repudiar a mulher, com a qual já não teria relações sexuais, se não quisesse, ficando autorizado, pelo menos em princípio, a ter filhos com outra. Sua própria mulher, porém, estava obrigada a continuar fiel.
  Todo esse tratamento desigual devia-se às idéias da época

Como Maria Quitéria conseguiu entrar para o Exército ?

Em 1822 o Exército brasileiro realizou campanhas para o alistamento de soldados para lutar pela consolidação da independência, frente à resistência dos portugueses na Bahia. Maria Quitéria pediu ao seu pai para se alistar, mas não obteve permissão. Fugiu, então, para casa de sua irmã Tereza e de seu cunhado, José Cordeiro de Medeiros e vestida com roupas de homem e com os cabelos cortados, alistou-se como soldado Medeiros.Passou a integrar o Batalhão dos Voluntários do Príncipe, também chamado de Batalhão dos Periquitos, por causa da gola e dos punhos verdes do uniforme. Duas semanas depois Quitéria foi descoberta por seu pai, mas impedida de deixar o exército pelo major Silva e Castro, que lhe reconheceu grandes qualidades militares.

Como era sua farda ?

Usava uma farda azul com um saiote que ela concebera e um capacete com penacho.

Quais foram as principais batalhas das quais ela participou ?

Em 29 de outubro de 1822 ela lutou na defesa da Ilha de Maré, e depois dirigiu-se a Itapoã. Em fevereiro de 1823, participou com ímpeto inúmeros combates, atacando inimigos entrincheirados na Pituba, capturando-os e levando-os preso para o acampamento da sua tropa. Maria Quitéria lutou também pela defesa da foz do Paraguaçu comandando um grupo de mulheres guerreiras. Com água na altura dos seios, avançou contra uma nau portuguesa, impedido o desembarque de reforços às tropas inimigas. Depois de violentos combates, finalmente, a dois de julho de 1823, as tropas brasileiras marcharam vitoriosas pelas ruas de Salvador, com Maria Quitéria entre elas. Em reconhecimento por sua bravura, Maria Quitéria foi recebida no dia 20 de agosto daquele ano pelo Imperador, que a condecorou, com o seguinte pronunciamento: "Querendo conceder a D. Maria Quitéria de Jesus o distintivo que assinala os Serviços Militares que com denodo raro, entre as mais do seu sexo, prestara à Causa da Independência deste Império, na porfiosa restauração da Capital da Bahia, hei de permitir-lhe o uso da insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro." Além de receber a comenda, ela foi promovida a Alferes de Linha

Quais eram os ideais que ela defendia ?

Maria Quitéria defendia o movimento pró-independência da Bahia ativamente, enviando emissários a toda a Província em busca de adesões, recursos e voluntários para formação de um "Exército Libertador".

Por que ela morreu esquecida e somente após meio século sua imagem passou a ser valorizada ?

Perdoada pelo pai, Maria Quitéria casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito, o antigo namorado, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição.Viúva, mudou-se para Feira de Santana em 1835, onde tentou receber a parte que lhe cabia na herança pelo falecimento do pai no ano anterior. Desistindo do inventário, devido à morosidade da Justiça, mudou-se com a filha para Salvador, nas imediações de onde veio a falecer aos 61 anos de idade, quase cega, no anonimato.Os seus restos mortais estão sepultados na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e Sant'Ana, no bairro de Nazaré em Salvador.Devido ao ano do centenário de sua morte, o então Ministro da Guerra determinou que em todos os estabelecimentos, repartições e unidades do Exército fosse inaugurado, em 21 de agosto de 1953, o retrato da insigne patriota. Já em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus, por decreto do Presidente da República, passou a ser reconhecida como Patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
Algo extremamente importante ela ser reconheçida, pois ela demonstrou que as mulheres tem capacidade assim como os homens, ela simplesmente revolucionou o feminismo brasileiro

Consideraçoes finais

A coragem é carregada no peito de todos aqueles que têm a expectativa de realizar seus sonhos e alcançar seus objetivos.
O exemplo de Maria Quitéria é muito importante para ser comparado, pois ela teve a coragem que nem todas as mulheres Brasileiras atuais têm, apesar de atualmente a mulher ter seu espaço melhor defendido na sociedade em geral. Não importou a ela os obstáculos ou as conseqüências por quais elas iria passar, pois o que ela teve em mente o tempo todo, é que, para alcançar seu objetivo e realizar seus sonhos é necessário fazer esforços e se arriscar.

Trabalho feito por
Daiane , N° 34
Mayara, N° 19
André,   N° 02
Caio,     N°03